Greentech: empreendendo com sustentabilidade

A preocupação com a crise climática que nós estamos passando, enquanto sociedade, cada vez tende a ser maior. Percebe-se que nos últimos anos, a situação se tornou mais agravante, sendo motivo de reavaliação de antigos hábitos e costumes. A incerteza se deixaremos um bom mundo para as próximas gerações fez com que esse movimento de irresponsabilidade ambiental começasse a ser questionado.

Contando que é necessário que não seja apenas uma mudança de hábitos pessoais, foi-se cobrado mudanças em escala global para que as organizações começassem a prestar mais atenção e abraçar essa causa, afinal, são elas que ditam os modelos de consumo e produção no mundo. É nesse contexto que surgem as Greentechs, instituições que buscam entregar soluções sustentáveis atreladas com tecnologia.

O que seria Greentech?

Da mesma família de fintech, techfin e webtech: as greentechs vieram com uma proposta de serem startups que utilizam a tecnologia para implementar uma maior sustentabilidade na rotina tanto de empresas quanto de pessoas físicas.
Elas podem atuar em diversos segmentos, como soluções para redução da emissão de carbono; maior esforço para a produção de energia renováveis, barateando a distribuição da eletricidade para a população; substituição de automóveis normais para elétricos e uso inteligente de recursos naturais que são essenciais, como água.
Essas instituições têm como filosofia “lucrar com propósito”, e é a partir de tecnologia avançada que pretendem possibilitar a entrega dessas iniciativas. A maior parte dessas soluções ainda se encontram em um estágio embrionário, onde estão sendo realizados testes e estudos, principalmente sobre a resposta do mercado.

Greentech no Brasil

Apesar de ainda não ser um ramo muito explorado no país, investidores conseguem enxergar bastante potencial, principalmente pelas ameaças ao bioma brasileiro, que provem bastante matéria prima para o restante do mundo. Buscando a preservação do meio ambiente a partir dessas soluções, há um grande movimento de aceleração de greentechs brasileiras.

Podemos destacar algumas que, hoje, já possuem relevância no mercado:

Greenplat

Usa blockchain para rastrear o caminho correto do tratamento do lixo, sendo o objetivo principal que as empresas e o setor público tornem seus processos de gestão de resíduos ágeis e eficientes o bastante para atingir o Aterro Zero, evitando que boa parte de seu lixo chegue a aterros e incineradores.

“Sem dados não há como tomar boas decisões. Sem a digitalização dos processos de gestão e rastreabilidade dos resíduos, não se sabe para onde está indo o resíduo, que pode acabar em aterros, mas também em lixões ou até leitos de rios. A reciclagem também é dificultada e muitos agravantes ambientais como poluição, problemas para saúde pública e emissão de carbono acontecem de forma deliberada”, explica Chicko Sousa, CEO da GreenPlat.

T&D Sustentável

Uma empresa startup focada em recursos hídricos, uma das principais soluções é o Sistema de Economia de Água (SEA), que monitora vazamentos em tempo real, por meio de inteligência artificial.

Wash Me

Focada em limpeza e estética automotiva, a empresa usa lavagem ecológica e produtos biodegradáveis desde o início da sua operação. É estimado que a empresa já economizou mais de 20 milhões de litros de água até então. Para atingir e manter esses resultados, a Wash Me utiliza uma técnica de lavagem 100 vezes mais econômica do que a tradicional, gastando menos de um copo d’água (500 ml) por carro e usando produtos biodegradáveis

Sendo assim, podemos notar vários exemplos de sucesso no que diz respeito a empresas que em busca do desenvolvimento sustentável, cada vez mais determinante para o progresso de um país. É relevante ressaltar também, que o Brasil oportunidade de crescimento nesse setor inexplorado e aquelas empresas que não se atentarem a necessidade de inovação, se tornarão ultrapassadas.